Há um ano, o Kzuka conversava com a banda Cine quando os caras ainda estavam conquistando a galerinha fã de power pop e invadindo as playlists de quem curte esse tipo de som. Desde então, a banda conhecida por seus visuais supercoloridos e suas músicas com uma pitada de estilo anos ’80, cresceu muito e mudou um pouco também, é claro. Prestes a lançar seu primeiro DVD, ‘As Cores – Ao Vivo’, o DJ e tecladista Dash falou sobre a nova fase da banda, os planos dos caras e o novo look que eles adotaram, um pouco menos colorido, mas ainda com a mesma pegada divertida da Cine.
Kzuka – Como foi gravar o primeiro DVD, ‘As cores – Ao vivo’?
Dash – Foi muito louco, foi a maior correria. A gente se trancou no estúdio pra fazer as músicas novas. Até um dia antes da gravação a gente tinha algumas ideias.
Kzuka – Vocês falaram que esse novo trabalho para o DVD foi feito para mostrar uma nova fase e tudo que vocês passaram nos últimos meses... o que exatamente mudou e do que consiste essa nova fase?
Dash – Rola meio que um amadurecimento musical, uma certa evolução. Acaba sendo natural,com um bom tempo de banda e viajando bastante, acaba acontecendo a mudança, mas continua sendo Cine, com a mesma vibe.
Kzuka – Há planos para um novo CD ou DVD?
Dash – Na verdade, o DVD vai sair agora, mas a gente já tem algumas ideias pro segundo CD, que provavelmente vai sair na metade do ano que vem. Agora a gente vai trabalhar o DVD.
Kzuka – Que músicas inéditas a galera vai poder conferir no DVD?
Dash – São seis músicas inéditas e uma versão de Sábado a Noite do Lulu Santos.
Kzuka – E o que mais tá rolando nesse momento novo de vocês?
Dash – A gente está participando de vários prêmios agora, prêmio Multishow, VMB, Meus Prêmios Nick, pedir pra galera que tá com a gente, votar bastante. Ano passado a gente ganhou Multishow, VMB, e queremos repetir esse ano de novo.
Kzuka – ‘A Usurpadora’ foi escrita para alguém especial?
Dash – Na verdade, não. Foi um conjunto de experiências de todos nós. Foi pra mostrar que elas existem e para tomar cuidado com elas.
Kzuka – Na última entrevista para o Kzuka, só o Dave namorava. O resto da banda continua solteiro?
Dash – Então, agora sou eu que namoro. Vai fazer uns 10 meses. O Dave continua namorando e o resto solteiro.
Kzuka – A sua namorada era fã da banda? Vocês já se conheciam?
Dash – Não conhecia e também não era fã da banda. Ela não conhecia a banda, na verdade, ela sabia o que era, mas não gostava e tal... Acabou conhecendo e mudando de ideia.
Kzuka – E os outros meninos que estão solteiros? Rola ficar ou namorar com fã? Dash – Namorar não. Ficar é comum e é inevitável porque a gente está sempre viajando e acaba encontrando bastante gente, mas nada demais.
Kzuka – E como que está sendo namorar? Ela acompanha vocês nas viagens?
Dash – Quando tem shows por aqui e no interior (São Paulo), ela até nos acompanha. Mas é assim, ela tem a vida dela e eu a minha. Mas ela entende e tal...
Kzuka – Quantos shows por mês, em média, vocês fazem?
Dash – Depende, mas é de 10 a 15 shows.
Kzuka – Vocês já tocaram fora do Brasil? Tem planos para?
Dash – Não ainda não. Mas temos alguns planos mais pra frente, mas não é nada certo. São projetos por enquanto.
Kzuka – Com que bandas, nacionais ou internacionais, vocês gostariam de subir ao palco ou fazer algum trabalho?
Dash – A gente sempre fala, desde o início da banda e não mudou, que o ideal seria o Blink 182. Todo mundo da banda gosta e todo mundo começou a tocar na época por causa deles. Ah, mas tem diversas na verdade, desde Cobra Starship, que a gente gosta, e até Metallica.
Kzuka – Vocês já fizeram alguns covers como One Time de Justin Biber e agora Lulu Santos. Vocês curtem brincar com outras musicas e outros estilos para fazer os covers?
Dash – A gente não costuma fazer muito cover, mas todo mundo é bem eclético na banda. Nós escutamos todos os estilos musicais, não importa qual seja. Claro, tem as coisas boas e tem as ruins. Sertanejo, samba, rock, rap, de tudo a gente gosta. A questão do Justin Bieber na época foi ideia do Dh. É um estilo novo, o moleque tava fazendo um puta som, então surgiu a ideia de fazer o cover. Foi meio que uma coisa despretensiosa, na verdade. Mas acabamos gravando e teve uma repercussão bem legal. Já do Lulu, a gente queria fazer uma versão de uma música brasileira pra tocar, e acabou sendo unânime a decisão.
Kzuka – Vocês escutam de tudo então?
Dash – A gente escuta muita música eletrônica e temos bastante influência desse estilo. Eu tenho ouvido bastante. Mas rola de tudo, pop, rock, eletrônico, sertanejo, metal.
Kzuka – E como que foi trabalhar com eles?
Dash – Foi uma loucura. Eles são meio que uma influência direta pra banda Cine. A gente era fã e estavamos tremendo pra tocar com os caras. Mas acabando fazendo balada juntos, trocando a maior ideia e foi bem bacana.
Kzuka – Em algumas fotos do Myspace da banda, vocês estão com um visual mais escuro, e em algumas com roupas pouco coloridas. O look colorido ainda rola?
Dash – De um tempo pra cá, acabamos não abandonando esse visual, mas usando um pouco menos, colocando a cor mais em detalhes e se vestindo do jeito que cada um gosta. Na época da banda colorida foi porque tava todo mundo nessa vibe mesmo. Mas a gente não abandonou, na maioria dos shows cada um veste uma camiseta um pouco mais colorida. Pra meio que variar e não cortar fora de jeito. Foi algo bem sutil, mas bastante gente tem falado disso. Por exemplo, se você pegar a capa do CD você vê calça colorida, e isso a gente não usa mais. Nunca foi tão usada, mas agora não mais.
Kzuka – E essa mudança no visual faz parte dessa nova fase de vocês?
Dash – Acho que sim. Não foi uma coisa pensada, foi uma coisa que aconteceu naturalmente na verdade.
Kzuka – Mas o estilo de som vai continuar? Vocês vão continuar com o Power Pop com uma pitada de eletrônica por muito tempo?
Dash – A gente tem ouvido muita música eletrônica, mais do que antes até. Bastante hip hop, bastante pop também A gente brinca bastante com eletrônico e mesmo assim está bombando de pop. Na verdade, nunca foi algo como: vamos fazer tal som. A gente senta, e se sai algo que a gente gosta acaba rolando pro Cine.
Kzuka – Vocês tiveram de largar a faculdade e emprego por causa da rotina mega agitada da banda. Tem vontade de voltar a estudar ou não?
Dash – Agora não, de verdade. Todos se interessam por outras coisas, óbvio. Mas elas acabam virando hobbies, porque da nossa vida, o que a gente quer fazer e continuar fazendo é o Cine.
Kzuka – O que não pode faltar no camarim de vocês? Vocês têm alguma exigência? Dash – Não temos muitas exigências na verdade. Só precisamos daquilo pra sobreviver mesmo. Se tiver uma aguinha, suquinho e um sanduíche bacana, já nos satisfaz.
Kzuka – Já viram os vídeos do Felipe Neto em que ele fala sobre bandas coloridas? O que acharam?
Dash – Eu, pessoalmente, não sou muito fã. Nessa linha eu gosto mais do PC Siqueira. Mas essa é minha opinião, eu Dash, falando. A internet está aí pra todo mundo falar o que quiser. E se ele tem fãs e está dando certo, bacana.
Kzuka – Você passa muito tempo na internet?
Dash – Todo mundo da banda tem Twitter, Facebook, Orkut... A maioria da banda tem Twitter no celular e ficam 24 horas por dia. A gente acha isso muito importante, pra estar sempre em contato com a galera. O Twitter é uma coisa muito boa pra isso, hoje em dia é a melhor (ferramenta), pra manter o contato com os fãs, pra dar informações sobre a banda, trocar ideias...
Kzuka – O que a galera de pode esperar nos show?
Dash – Vai ver um show novo, totalmente baseado no DVD. Bastante interação com a galera e um vibe loucura do inicio ao fim. A gente está fazendo algumas coisas novas de poucos shows pra cá.
Kzuka – E o que seriam essas coisas novas?
Dash – Ah, é uma surpresa, né? (risos) Mas tem bastante música nova do DVD, tem bastante interação com a galera, é bacana.
Kzuka – Do que vocês não abrem mão quando viajam por aí?
Dash – Festa. A gente faz festa o tempo todo.